A decisão nos negócios

O ser humano constantemente se vê em situações onde é obrigado a escolher  dentre algumas opções. São muitas as escolhas e seus graus de complexidade, mas decidir ou escolher é algo que fazemos constantemente, às vezes sem mesmo perceber, nas primeiras horas do dia por exemplo, quando precisamos escolher qual roupa usar para sairmos de casa, o que comer no café do manha, no almoço e assim por diante. Embora estas sejam escolhas simples e as fazemos quase que intuitivamente, tomar a decisão sobre que roupa usar, demanda  levarmos em consideração muitas variáveis, como: as condições do tempo, a temperatura, o tipo de compromisso, a disponibilidade da roupa, a análise do que foi usado no dia anterior, humor e etc.

Processar todas estas informações para a escolha de uma roupa parece ser tarefa fácil para o nosso cérebro, mas a atividade cerebral é intensa, imagine então fazermos outras escolhas o dia inteiro, é bem provável que entre uma escolha ou outra tomemos uma decisão equivocada, uma roupa que nos faz aparentar mais “magro” ou mais "gordo"  ou um prato no almoço que nos fez lembrá-lo o dia inteiro. Se este tipo de decisão pode nos causar este estresse, imagine então o estresse causado para tomar uma decisão em um negócio importante. Neste caso, não podemos contar apenas com os aspectos intuitivos que influenciam nossas decisões,  é necessário pensar muito sobre as opções e analisar ondas as consequências de cada uma delas, somando-se a isso é preciso ainda considerar outros fatores como o tempo e as informações que temos para nos auxiliar a tomar a melhor decisão. Então decidir não é apenas um ato deliberado, mas é um processo com um inicio, um meio e um fim.

Pela ordem e, simplificando este processo, podemos dizer que o início é o diagnóstico ou o mapeamento da situação e é nesta fase que devemos coletar informações, discuti-las  e organiza-las pela relevância, a comunicação nesta fase do processo também é muito importante, pois permite não só a troca de informações como também a troca de experiências. Entender os motivos dos acertos e fracassos de outras experiências nos ajuda no planejamento de ações ou na construção de ideias que nos será útil no processo decisório.

Após esta fase temos a analise das informações e experiências. Nesta etapa é que construímos a base para a nossa decisão, pesamos os prós e os contras de cada opção pelas quais temos que decidir e simulamos o que pode acontecer se decidirmos por X ou Y. Simular significa antever o fracasso ou o sucesso de uma determinada decisão. Ainda, é nesta fase que podemos concluir que precisamos de mais informações par poder decidir. Gastar um tempo para esta atividade pode ser a diferença entre acertar ou errar  no momento da decisão.

Empresários e executivos costumam consultar relatórios, estatísticas e outras informações gerenciais antes de tomarem as suas decisões sobre os negócios, agir apenas pela intuição pode fazer com que o negócio fique à mercê da sorte ou do acaso, o que pode ser muito perigoso para as empresas. Um empreendedor que deseje iniciar um negócio deve se preparar previamente antes de tomar a decisão de abrir o seu negócio, vontade e disposição para o trabalho são fatores importantes para quem deseja empreender, mas tomar a decisão com uma boa base de informações importantes sobre o futuro empreendimento como rentabilidade, lucratividade, ponto de equilíbrio, retorno sobre o investimento, analise de viabilidade dentre outras informações podem ser cruciais para que o negócio tenha êxito.

Portanto, quando alguém lhe disser para tomar a decisão conforme manda o seu coração, pense um pouquinho mais, a intuição é um fator importante para a tomada de decisão, mas devemos também considerar a base de informações coletadas, esta base nos proporcionará mais segurança  e confiança de que estamos tomando  a decisão mais acertada.

Carlos dos Santos